18
NOV
2015

Governo de Minas decreta estado de emergência em 202 cidades na região do Rio Doce por 180 dias

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Foto: Secretaria de Comunicação do Espírito Santo - Fotos Públicas

Foto: Secretaria de Comunicação do Espírito Santo – Fotos Públicas

O governo de Minas Gerais decretou nesta terça-feira (17) situação de emergência na região da Bacia do Rio Doce e nas cidades afetadas pelo rompimento das barragens da Mineradora Samarco, em Mariana, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billinton.

A situação de emergência vai durar pelos próximos 180 dias. A medida envolve 202 cidades mineiras. Também fazem parte da bacia outros 26 municípios do Espírito Santo. Desde o dia 5, quando houve o rompimento da barragem, uma onda de lama percorre o Rio Doce, impedindo a captação de água e prejudicando o ecossistema da região.

E nota, o governo mineiro informou que uma das principais consequências do rompimento da barragem é o comprometimento da qualidade das águas da Bacia do Rio Doce. “De acordo com parecer apresentado pelo Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam), estima-se que a situação deve perdurar por aproximadamente 30 dias”, acrescentou a nota.

A situação de emergência, que ainda precisa ser reconhecida pelo governo federal, permite às cidades atingidas condições especiais, entre elas a realização de compras sem o processo de licitação. Também é por meio do decreto que os municípios podem ter acesso a recursos estaduais e federais.

Risco de rompimento

Representantes da mineradora Samarco admitiram em entrevista coletiva nesta terça que há risco de rompimento nas barragens de Santarém e Germano – que ficam perto da que se rompeu no dia 5 de novembro, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais.

“Tem o risco e nós estamos fazendo as ações emergenciais necessárias”, declarou o gerente-geral de projetos estruturais da Samarco, Germano Lopes. Ainda na coletiva, diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kléber Terra, disse que o fator de segurança na barragem de Santarém é de 1,37 numa escala de 0 a 2, o que significaria uma estabilidade de 37%.

Na de Germano, o diretor afirmou que o dique Selinha – que é uma das estruturas – tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo.

Lama chega ao ES

A lama de rejeitos está seguindo para a Usina de Mascarenhas, em Baixo Guandu, no Espírito Santo. Carros-pipa e tanques de armazenamento e distribuição de água estão à disposição da população do município. Poços artesianos já estão sendo perfurados e a captação em lagoas está em andamento. A Defesa Civil, em parceria com os municípios, segue trabalhando para garantir a normalidade e o abastecimento.

Fonte: Agência Brasil

 

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